Eram doze moças donzelas
todas forradas de bronze:
deu o tranglomango nelas,
não ficaram senão onze.
as onze que elas eram
foram a lavar os pés:
deu o tranglomango nelas,
não ficaram senão dez.
Dessas dez que elas eram
foram cavar uma cova:
deu o tranglomango nelas,
não ficaram senão nove.
Dessas nove que elas eram
foram amassar biscoitos:
deu o tranglomango nelas,
não ficaram senão oito.
Dessas oito que elas eram
todas usavam barrete:
deu o tranglomango nelas,
não ficaram senão sete.
Dessas sete que elas eram
foram cantar por des réis:
deu o tranglomango nelas,
não ficaram senão seis.
Dessas seis que elas eram
fecharam a porta no trinco:
deu o tranglomango nelas,
não ficaram senão cinco.
Dessas cinco que elas eram
comeram arroz com pato:
deu o tranglomango nelas,
não ficaram senão quatro.
Dessas quatro que elas eram
voltaram lá outra vez:
deu o tranglomango nelas,
não ficaram senão três.
Dessas três que elas eram
foram lá por essas ruas:
deu o tranglomango nelas,
não ficaram senão duas.
Dessas duas que elas eram
foram apanhar caruma:
deu o tranglomango nelas,
não ficou senão só uma.
Dessa uma que ela era
foi viver para a cidade:
deu o tranglomango nela,
não ficou senão metade.
Dessa metade que ela era
foi brincar com um peão:
deu o tranglomango nela,
acabou-se a geração.
Popular
(Pintura de Paula Rego)
https://www.youtube.com/watch?v=mjpeCGv7IcI
Nenhum comentário:
Postar um comentário