A casa adormeceu e está viva numa tranquila pulsação.
Oiço um leve martelar de teclas de sombra.
Um prato de cobre brilha verticalmente na obscuridade.
A mesa é redonda e limpa como um círculo de
harmonia.
Numa parede flutuam arabescos cintilantes.
O tempo segrega sílabas de argila e espuma.
António Ramos Rosa
(retirado de livro ilustrado com fotos de árvore de Belgais
da autoria de Paulo Gaspar Ferreira)
https://www.youtube.com/watch?v=QW94FTi60Fk
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