a cidade pô-lo a nu, espetou-lhe a faca.
Desde aí nunca mais foi a mesma coisa.
Mas está na hora da nossa lição:
"não julgues para não seres julgado
- S. Mateus, capítulo sétimo".
A seguir, isolou-se com a manta, como quem
reduz a noite a uma questão de fase e neutro,
aconchegou-se um pouco mais
à fachada do Teatro Nacional.
Lá dentro, por coincidência, "Esta noite
improvisa-se", de Luigi Pirandello".
E, com este enquadramento, o cartaz
ganha um quê de surrealista, a escassos
cinquenta metros da porta do café Gelo.
Ocorre-me um fado antigo, na boca de
Zeca Afonso: "Ó mar largo, ó mar largo,
Ó mar largo sem ter fundo".
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