O conhecimento
do poder oculto da palavra
tinha-se perdido há muito.
Sabia-o.
Ali, frente à porta bloqueada,
ciente demais do que pretendia
e da impossibilidade de o alcançar,
desistia, aceitava o destino.
Resignado, olhou pela última vez
o obstáculo.
Sem convicção, avocou a palavra
esquecida, escarnecida
e murmurou,
como os avós que sabiam:
Abracadabra.
Silenciosamente a porta abriu-se.
João Alaiz
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