Recomendo vivamente a leitura da crónica desta semana
(7 Fev.2019) de Ricardo Araújo Pereira na revista "Visão".
O humorista confessa que ainda vive como se estivéssemos
em 2003, ou seja antes do "feicebuque". Por exemplo,
quando um amigo faz anos dá-lhe os parabéns com a boca...
Além disso só tem uns dez amigos, em vez de 5000.
E às vezes discute com eles, mas não em público,
com desconhecidos a ver e a comentar.
Enfim, o que pensaria disto tudo Camilo Castelo
Branco que há mais de 100 anos escreveu este poema?
Recomendo vivamente a leitura da crónica desta semana
(7 Fev.2019) de Ricardo Araújo Pereira na revista "Visão".
O humorista confessa que ainda vive como se estivéssemos
em 2003, ou seja antes do "feicebuque". Por exemplo,
quando um amigo faz anos dá-lhe os parabéns com a boca...
E às vezes discute com eles, mas não em público,
com desconhecidos a ver e a comentar.
Enfim, o que pensaria disto tudo Camilo Castelo
Branco que há mais de 100 anos escreveu este poema?
Amigos cento e dez, e talvez mais,
Eu já contei. Vaidades que eu sentia!
Supus que sobre a terra não havia
Mais ditoso mortal entre os mortais.
Amigos cento e dez, tão serviçais,
Tão zelosos das leis da cortesia,
Que eu, já farto de os ver, me escapulia
Às suas curvaturas vertebrais.
Um dia adoeci profundamente.
Ceguei. Dos cento e dez houve um somente
Que não desfez os laços quase rotos.
- Que vamos nós (diziam) lá fazer?
Se ele está cego, não nos pode ver…
Que cento e nove impávidos marotos!
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