quinta-feira, 10 de agosto de 2023

Quietude



Que poema de paz agora me apetece!
Sereno,
Transparente,
A sugerir somente
Um rio já cansado de correr,
Um doce entardecer,
Um fim de sementeira.
Versos como cordeiros a pastar,
Sem o meu nome em baixo, a recordar
Os outros que cantei a vida inteira.

Miguel Torga

Nenhum comentário:

Postar um comentário