o inominável obscuro
com palavras da mais pura incoerência
ou que desejariam sê-lo e são ainda a trama demasiado consistente
por onde passa o fulgor verde da matéria submersa
Ah nós vivemos e morremos sem conhecer
a glória da identidade intangível
na sua secreta continuidade sob o manto do olvido!
Procuramos uma abertura para o bosque interior
e tentamos abrir o diafragma levemente
para que a transparente rosa da transpiração floresça
Em cada hausto procuramos a unidade pura
em que o nosso hálito se confundiria com o sopro cósmico
como uma constelação à plácida baía das águas superiores
António Ramos Rosa
Pintura: "Fábula" de El Greco
https://www.youtube.com/watch?v=8daGqy3Jles
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