a ribanceira caía ao mar
no topo um casabre demasiado bem
situado
para não ser clandestino
velhos estáticos
no meio o alemão com o cão
de roda
de tábuas de cofragem era
a mesa com garrafas de cerveja bebidas talvez
o costumeiro cinzeiro de lata
conversámos em inglês
vagarosos como o azul visto dali e cuja espuma
terei apontado à laia de versos num
caderno que perdi
não era Verão ainda
o silêncio floria entre o pó a urze o medronheiro
o barro à volta do esgoto
a bicicleta apoiada no grelhador
a ferrugem que corrói o bidão amolgado
do litoral
Miguel-Manso
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