segunda-feira, 28 de maio de 2018

Eu, o tempo e a Ana Hatherly


Era uma vez um relógio anacrónico. Quando batia as horas estas rolavam pela sala e depois transformavam-se em lindas maçãs de prata que se penduravam do tecto. De cada vez que uma hora nova rolava pela sala as outras já de prata sorriam pendentes do tecto de modo que naquela sala havia sempre uma espécie de som de riso de prata e quando o relógio dava uma volta completa no quadrante as horas já de prata deixavam-se cair e então o som era mesmo de grandes gargalhadas de prata.

Ana Hatherly
(desenho HN)

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