sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Uma viagem à Índia


Não falaremos então de um povo
que é demasiado e muito.
Falaremos nesta epopeia apenas de um homem: Bloom.
Bloom abriu os seus dois olhos contraditórios
(um que queria ver o novo, o outro dormir)
dirigindo o olhar para o calmo compartimento
onde acabara de entrar.
Bloom, o nosso herói. Eis o que faz primeiro: observa.

Eis agora Bloom na primeira etapa da sua viagem à Índia,
em Londres, só e sem dinheiro
e sem ninguém conhecer. Procura amigos
ou outra coisa?
E seria Bloom a ter um olhar estranho
ou estranhos eram os homens que dele
se aproximavam?
Eis que não existe resolução.
Quem começa o momento: quem olha ou aquilo
que é olhado? Pode o início do mundo localizar-se
em quem é empurrado?

Gonçalo M. Tavares
http://www.youtube.com/watch?v=T0JuEY_MHGI&feature=related

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